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Acesso Venoso em Veterinária: Importância e Técnicas

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O acesso venoso é uma prática fundamental em medicina veterinária, permitindo a administração de medicamentos, fluidos intravenosos, colheita de amostras sanguíneas e outras intervenções terapêuticas. Neste artigo, exploraremos a importância do acesso venoso em veterinária, as técnicas comumente utilizadas e os cuidados necessários para garantir um procedimento seguro e eficaz. 

Importância do acesso venoso em veterinária: O acesso venoso desempenha um papel crucial no suporte e tratamento de animais em diversas situações clínicas. Ele permite a administração rápida e precisa de medicamentos para o alívio da dor, tratamento de infecções, reposição de fluidos e correção de desequilíbrios eletrolíticos. Além disso, o acesso venoso é essencial durante cirurgias, procedimentos diagnósticos e terapêuticos, proporcionando uma via direta para a coleta de amostras sanguíneas e realização de exames laboratoriais. 

Técnicas de acesso venoso em veterinária: Existem várias técnicas de acesso venoso em medicina veterinária, sendo as mais comuns: 

  • Cateterização periférica: Nessa técnica, uma cânula é inserida em uma veia periférica, geralmente na pata ou no pescoço do animal. É uma opção menos invasiva e mais fácil de ser realizada em comparação com outras técnicas. É adequada para administração de medicamentos e fluidoterapia em casos menos críticos. 
  • Cateterização central: Esse tipo de acesso venoso envolve a inserção de um cateter em uma veia de maior calibre, como a jugular ou a veia cava cranial. É mais invasiva, mas permite a administração de volumes maiores de fluidos e a coleta de amostras sanguíneas mais representativas. É frequentemente utilizada em casos de emergência, cirurgias prolongadas ou pacientes gravemente enfermos. 

Cuidados e considerações: Ao realizar o acesso venoso em animais, é essencial tomar algumas precauções para garantir a segurança e o bem-estar do paciente: 

  • Assepsia adequada: A esterilização do local de inserção do cateter é fundamental para evitar infecções. Deve-se limpar e desinfetar a área cuidadosamente antes de iniciar o procedimento. 
  • Escolha do tamanho e tipo de cateter adequados: É importante selecionar um cateter de calibre e comprimento apropriados para o animal em questão, considerando a espécie, raça e tamanho do paciente. 
  • Monitoramento contínuo: Uma vez estabelecido o acesso venoso, é fundamental monitorar regularmente o local da inserção, a fim de identificar precocemente sinais de inflamação, extravasamento ou qualquer outra complicação. 
  • Cuidados pós-procedimento: Após a remoção do cateter, é importante aplicar compressão no local para evitar sangramentos e promover a cicatrização adequada.
     

Conclusão: O acesso venoso desempenha um papel essencial na medicina veterinária, permitindo a administração de medicamentos, fluidos e a coleta 

Quais os tipos de cateter para fluidoterapia?

Existem diferentes tipos de cateteres que podem ser utilizados para fluidoterapia em medicina veterinária. A escolha do tipo de cateter adequado dependerá de vários fatores, como o tamanho do animal, a espécie, o local de inserção e a finalidade do procedimento. A seguir, descrevo alguns dos tipos mais comuns de cateteres utilizados para fluidoterapia em veterinária: 

  • Cateter intravenoso periférico (CIP): É o tipo mais comumente utilizado em animais de pequeno e médio porte. Esses cateteres são inseridos em veias periféricas, como as veias da pata, e são geralmente de calibre menor. São adequados para a administração de fluidos, medicamentos e coleta de amostras sanguíneas em casos menos críticos. 
  • Cateter intravenoso central (CIC): Esses cateteres são inseridos em veias de maior calibre, como a veia jugular ou veia cava cranial. Eles são usados quando é necessário administrar grandes volumes de fluidos, realizar monitoramento hemodinâmico mais preciso ou quando o acesso periférico não é viável. Os cateteres CIC são mais invasivos e requerem maior habilidade na inserção. 
  • Cateter intraósseo (CIO): Esse tipo de cateter é inserido diretamente no osso, geralmente na região proximal da tíbia ou úmero. O CIO é uma opção utilizada em situações de emergência, quando a obtenção de acesso venoso periférico ou central é difícil ou impossível. Ele permite a administração rápida de fluidos e medicamentos diretamente na corrente sanguínea. 
  • Cateter de Swan-Ganz: Esse tipo de cateter é utilizado em situações em que é necessário monitorar de forma mais precisa a função cardíaca e o débito cardíaco. É inserido através de uma veia central, geralmente a veia jugular ou femoral, e avançado até o coração. O cateter de Swan-Ganz possui sensores especiais que fornecem informações sobre a pressão e o fluxo sanguíneo no coração e nos pulmões. 

É importante ressaltar que a escolha do tipo de cateter deve ser feita por um profissional qualificado, levando em consideração as necessidades específicas do paciente e as condições clínicas. Cada tipo de cateter requer habilidades técnicas adequadas para a inserção e monitoramento contínuo para evitar complicações. 

Tipos de fluido para fluidoterapia veterinária?

Existem diferentes tipos de fluidos utilizados na fluidoterapia veterinária, e a escolha do tipo adequado dependerá das necessidades do paciente e das condições clínicas. Os fluidos podem ser classificados em categorias principais, como soluções cristaloides e soluções coloides. A seguir, descrevo brevemente cada uma dessas categorias: 

  • Soluções cristaloides: São soluções contendo eletrólitos dissolvidos em água. Elas são compostas por íons como sódio, potássio, cloreto, bicarbonato, entre outros, e são utilizadas para reposição de fluidos e eletrólitos em casos de desidratação, choque, diarreia, vômitos ou outras condições que levem à perda de líquidos corporais. Alguns exemplos de soluções cristaloides comumente utilizadas incluem Ringer lactato, solução salina 0,9% (NaCl 0,9%) e solução de Hartmann. 
  • Soluções coloides: São soluções que contêm substâncias que aumentam a pressão osmótica no plasma, ajudando a reter fluidos nos vasos sanguíneos. Essas soluções são usadas em situações em que há uma necessidade de aumentar rapidamente o volume sanguíneo, como em casos de choque hipovolêmico ou hipoproteinemia. Exemplos de soluções coloides incluem o plasma fresco congelado (PFC), albumina e gelatinas. 
  • Soluções mistas: Em alguns casos, pode ser necessário utilizar uma combinação de soluções cristaloides e coloides para atender às necessidades específicas do paciente. Essas soluções mistas são formuladas de acordo com as condições clínicas e os objetivos terapêuticos estabelecidos.

     

Além disso, é importante considerar a temperatura dos fluidos utilizados na fluidoterapia, especialmente em casos de animais com hipertermia ou hipotermia. Em tais situações, pode ser necessário o uso de soluções aquecidas ou resfriadas para ajudar a regular a temperatura corporal do paciente. 

É fundamental que a escolha do tipo de fluido seja realizada por um médico veterinário, levando em consideração a avaliação clínica completa do paciente, as necessidades individuais e a condição subjacente. A dosagem e a taxa de administração dos fluidos também devem ser cuidadosamente calculadas e monitoradas para garantir a eficácia e a segurança do tratamento. 

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